sábado, 16 de agosto de 2008

CLONE WARS

Ao término de A VINGANÇA DOS SITH, terceiro e último episódio da polêmica e questionada nova trilogia da série STAR WARS, vimos os primeiros passos de um dos mais representativos vilões do cinema mainstream norte-americano. O jedi Anakin Skywalker, cuja jornada acompanhamos desde o criticado episódio A AMEAÇA FANTASMA, de 1999, era finalmente transformado naquele que, metade homem, metade máquina, tinha em sua respiração artificial e bem marcada, um sinal de fácil reconhecimento e temor. Darth Vader renascia perante o público, décadas depois de protagonizar uma épica batalha contra seu filho Luke Skywalker, numa saga de inegável importância ao cinema hollywoodiano. Assim, o surgimento deste CLONE WARS, após os já conhecidos destinos dos protagonistas terem sido selados, soa como uma revisita nostálgica ao universo concebido por George Lucas, mas que, infelizmente, não passa disso.
Em CLONE WARS, vemos Anakin e Obi-Wan Kenobi numa missão de resgate ao filho de Jabba the Hutt (o mesmo de O RETORNO DE JEDI). A trama se situa entre os episódios II e III, ou seja, em meio às chamadas Guerras Clônicas, e o futuro Darth Vader é agora mestre de uma jovem padawan (como são chamados os jedis em treinamento), mantendo com ela uma dinâmica parecida àquela mantida entre ele próprio e Obi-Wan em O ATAQUE DOS CLONES, segundo episódio da série. A trama é escassa e baseada em pormenores que até então haviam sido apenas citados na saga original, o que acaba enfraquecendo CLONE WARS, já que, os eventos vistos aqui, jamais se igualam em relevancia ou intensidade aos vistos nos originais.
Como se não bastasse, a opção por fazer de CLONE WARS uma animação extremamente estilizada acaba sendo enfraquecida pela inexperiência da Lucasfilm no filão dos desenhos animados. A técnica que poderia potencializar ainda mais o universo da série, acaba plastificando cenários e personagens, e não raramente, vemos personagens humanos como Anakin e Obi-Wan agirem feito os dróides R2-D2 ou C3PO. E assim, STAR WARS perde muito de sua essência e sucumbe dentro de seu próprio universo.

por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

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