segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

THE OC: A DESCOBERTA DO ANO

31.12.07. Último dia do ano, tempo de contabilizar determinadas coisas. Assim sendo, vamos a elas! Foram 124 grandes filmes (longas metragem) vistos, contra cerca de 30 dos mais curtinhos, o que faz com que minha experiência cinematográfica anual fique longe não só de minha meta pessoal de 200 filmes, como também do placar anterior, que contabilizava cerca de 180 produções vistas e revistas durante o ano de 2006.
Em compensação, os números aumentam quando relacionados à telinha. Foram 18 temporadas completas que incluem LOST, HOUSE, DESPERATE HOUSEWIVES, GREY’S ANATOMY, WILL & GRACE, DAWSON’S CREEK, FAMILY GUY, OS SIMPSONS, SIX FEET UNDER, e por último aquela que considero a revelação do ano (um pouco que tardia, pois a série teve sua última temporada exibida recentemente). THE OC é o meu destaque de 2007, não só por seu cancelamento em sua melhor fase criativa, mas por ser uma série teen que dialoga bem com diferentes públicos, sem jamais se esquecer de como tratar seu público alvo (ou seja, como adolescentes e não como idiotas, algo que as séries teen geralmente têm certa dificuldade em fazer).
Surgindo como um hit junto ao público e a crítica no ano de 2003, THE OC tornou-se conhecida graças a seus personagens carismáticos, seus diálogos espertos e sua trilha sonora pop alternativa. Sua má fase veio na 3ª temporada, quando negando seu ingrediente de maior potencial (seu humor sarcástico e ácido), THE OC assumia um caráter absolutamente melodramático que viria a culminar num dos poucos acertos da temporada, apontado também como um dos principais motivos para o final da série: em seu 72º episódio, THE OC dava cabo da vida de sua própria protagonista, a problemática Marissa Cooper (Mischa Barton), uma personagem trágica que teve um final condizente com seu desenvolvimento na série.
Em sua 4ª temporada, THE OC retornava criativamente renovada, mas com seus dias de existência contados. Assim, acompanhamos os passos finais de cada personagem, especialmente do trio protagonista, agora prestes a entrar na fase adulta. Enquanto Ryan (Ben Mckenzie) e Summer (Rachel Bilson) se vêem obrigados a seguir adiante após a morte de Marissa, Seth (Adam Brody) amarga dúvidas não só quanto à futura profissão, mas quanto a seu relacionamento com Summer. Em meio a tudo isso, Julie Cooper (Melinda Clarke, uma das melhores coisas da série), amparada pela família Cohen, tenta reconstruir sua vida após a morte da filha, e a divertidíssima Taylor (Autumn Reeser) finalmente ganha espaço próprio na trama, sendo uma das grandes responsáveis pela revitalização da série.
Assim, a história de Ryan Atwood, o garoto pobre adotado pelo promotor público Sandy Cohen (Peter Gallagher), chega ao fim, destacando-se mais por tratar de temas universais, como a relação entre pais e filhos e as dificuldades da passagem da adolescência para a idade adulta, do que por narrar a trajetória de um grupo de jovens vivendo na rica e ensolarada Califórnia.
Capaz de se auto-referenciar, e até mesmo se criticar dentro da própria série (através do programa fictício The Valley), THE OC teve o talento (e a sorte) de encontrar a mistura perfeita entre humor e melodrama numa série teen. Em sua curta, mas intensa trajetória, teve 92 episódios distribuídos ao longo de suas quatro temporadas, chegando a fazer mais de 10 milhões de expectadores em sua melhor fase. Em sua última temporada, amargou uma audiência de cerca de 4 milhões de expectadores, contra os arrasa-quarteirões GREY’S ANATOMY e CSI, sendo cancelada mesmo tendo boa parte da crítica norte-americana a seu lado. Ainda assim, deixa sua marca não apenas por ter se tornado um hit quase que instantâneo, mas principalmente por revitalizar um gênero sempre explorado com muita caretice e pouca criatividade; o drama teen.

(Feliz 2008 à todos! A lista completa de filmes e séries vistos em 2007 no post abaixo).

por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

FILMES E SÉRIES VISTOS EM 2007

(este post continua acima com "a descoberta do ano").

FILMES

JANEIRO
01. PEQUENA MISS SUNSHINE
02. O DIABO VESTE PRADA
03. HOMEM-ARANHA 2
04. BABEL

FEVEREIRO
05. PERFUME
06. À PROCURA DA FELICIDADE
07. MIAMI VICE
08. A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA
09. VOÔ UNITED 93
10. O PIANO
11. A GRANDE FAMÍLIA
12. QUANDO PARIS ALUCINA
13. O LABIRINTO DO FAUNO
14. A CASA MONSTRO
15. OS BONS COMPANHEIROS
16. CAPOTE

MARÇO
17. O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA
18. A RAINHA
19. BORAT
20. CARTAS DE IWO JIMA
21. DO LUTO À LUTA
22. DREAMGIRLS
23. LÍRIOS PARTIDOS
24. O SHOW TEM QUE CONTINUAR
25. A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER
26. TRAÍDOS PELO DESEJO
27. DESCONSTRUINDO HARRY
28. SCOOP – O GRANDE FURO
29. LOUCA OBSESSÃO
30. PONTE PARA TERABÍTIA
31. 300

ABRIL
32. DISQUE M PARA MATAR
33. HANNAH E SUAS IRMÃS
34. INTERIORES
35. TARTARUGAS NINJAS – O RETORNO
36. NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO
37. UM CONVIDADO BEM TRAPALHÃO
38. GREMLINS
39. O CHEIRO DO RALO
40. ROBÔS
41. SUNSHINE – ALERTA SOLAR
42. TODOS DIZEM EU TE AMO

MAIO
44. HOMEM-ARANHA 3
45. CLICK
46. A VOLTA DA PANTERA COR-DE-ROSA
47. A ESPADA ERA LEI
48. BATISMO DE SANGUE
49. A FAMÍLIA DO FUTURO
50. MARIA ANTONIETA
51. DE PASSAGEM
52. A PEQUENA SEREIA 2
53. PIRATAS DO CARIBE 2
54. NO TEMPO DAS DILIGENCIAS
55. PROIBIDO PROIBIR

JUNHO
56. SHREK 3º
57. VELUDO AZUL
58. ROMEU + JULIETA
59. ORGULHO E PRECONCEITO
60. MADRUGADA DOS MORTOS
61. NÃO POR ACASO
62. TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO
63. JANELA INDISCRETA
64. PRINCESAS

JULHO
65. RATATOUILLE
66. HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX
67. PECADOS ÍNTIMOS
68. FREE ZONE
69. O SEGREDO
70. E SUA MÃE TAMBÉM
71. O HOMEM QUE SABIA DEMAIS

AGOSTO
72. LIMITE
73. CORRENDO COM TESOURAS
74. O PRIMO BASÍLIO
75. SEM RESERVAS
76. OS SIMPSONS
77. SEXO, MENTIRAS E VIDEOTAPE
78. O CASAMENTO DO MEU MELHOR AMIGO
79. SE EU FOSSE VOCÊ
80. POUCAS E BOAS
81. PARIS, TE AMO
82. POSSUIDOS
83. MENINOS NÃO CHORAM
84. SIMPLESMENTE MARTHA
85. BONECAS RUSSAS

SETEMBRO
86. NARRADORES DE JAVÉ
87. SANEAMENTO BÁSICO
88. PACTO MALDITO
89. CONTA COMIGO
90. HAIRSPRAY – EM BUSCA DE UM SONHO

OUTUBRO
91. O HOMEM QUE DESAFIOU O DIABO
92. MORTE NO FUNERAL
93. PIAF – UM HINO AO AMOR
94. TROPA DE ELITE
95. SUPERBAD – É HOJE
96. À ESPERA DE UM MILAGRE
97. QUERÔ
98. O ÚLTIMO BANDONÉON
99. O FUNDO DO MAR
100. JARDIM ÂNGELA
101. AMERICAN VISA
102. ESPERA
103. NESTE MUNDO
104. BAIXIO DAS BESTAS

NOVEMBRO
105. 1408
106. PLANETA TERROR
107. O PASSADO
108. A LOJA MÁGICA DE BRINQUEDOS
109. VOLVER
110. ANACONDA
111. HAIR
112. OS FANTASMAS CONTRA ATACAM
113. DIRIGINDO NO ESCURO
114. A SUPREMACIA BOURNE
115. CEMITÉRIO MALDITO

DEZEMBRO
116. O HOSPEDEIRO
117. O ULTIMATO BOURNE
118. EXTERMÍNIO 2
119. ZODÍACO
120. ENCANTADA
121. UMA MENTE BRILHANTE
122. PAPRIKA
123. RETRATOS DE FAMÍLIA
124. A BÚSSOLA DE OURO


SÉRIES
TEMPORADAS COMPLETAS

1) LOST – 3ª TEMPORADA
2) THE OC – 1ª, 2ª, 3ª E 4ª TEMPORADA
3) HOUSE – 1ª, 2ª E 3ª TEMPORADA
4) GREY’S ANATOMY – 1ª TEMPORADA
5) WILL & GRACE – 1ª E 2ª TEMPORADA
6) SIX FEET UNDER – 1ª TEMPORADA
7) DESPERATE HOUSEWIVES – 1ª TEMPORADA
8) FAMILY GUY- 1ª E 2ª TEMPORADA
9) OS SIMPSONS – 6ª TEMPORADA


E ainda:

UGLY BETTY, CHUCK, GOSSIP GIRL, BROTHERS & SISTERS e a 4ª temporada de HOUSE em andamento.


por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

HO-HO-HO

O MEIA ENTRADA deseja à todos um ótimo Natal, e para representar a data, nada menos do que dois papais-noéis pouco convencionais. A esquerda da imagem, todo o mau-humor característico de Shrek encarnando o bom velhinho, enquanto ao lado, Jack bola planos mirabolantes para estragar o clima natalino, no maravilhoso clássico de Tim Burton, THE NIGHTMARE BEFORE CHRISTMAS (aqui O ESTRANHO MUNDO DE JACK). Fala sério, só aqui tem papai noel ogro e caveira!

sábado, 22 de dezembro de 2007

MELHORES E PIORES DO ANO

Abaixo segue a minha lista de MELHORES e PIORES do ano. Fiquem à vontade para concordar. Ou xingar...

OS 20 MELHORES FILMES LANÇADOS COMERCIALMENTE NO BRASIL EM 2007

1) RATATOUILLE (EUA, 2007)
2) SUNSHINE - ALERTA SOLAR (INGLATERRA, 2007)
3) ZODÍACO (EUA, 2007)
4) PECADOS ÍNTIMOS (EUA, 2006)
5) O HOSPEDEIRO (CORÉIA DO SUL, 2007)
6) BABEL (EUA/MÉXICO, 2006)
7) CARTAS DE IWO JIMA (EUA/JAPÃO, 2006)
8) O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA (EUA, 2006)
9) TROPA DE ELITE (BRASIL, 2007)
10) O ULTIMATO BOURNE (EUA, 2007)
11) PIAF – UM HINO AO AMOR (FRANÇA, 2007)
12) SANEAMENTO BÁSICO (BRASIL, 2006)
13) A RAINHA (INGLATERRA, 2006)
14) O CHEIRO DO RALO (BRASIL, 2007)
15) PROIBIDO PROIBIR (BRASIL, 2007)
16) NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO (EUA, 2007)
17) POSSUÍDOS (EUA, 2006)
18) TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO (EUA, 2007)
19) CÃO SEM DONO (BRASIL, 2007)
20) HOMEM-ARANHA 3 (EUA, 2007)

Outros 13 títulos que merecem destaque, em ordem alfabética:

À PROCURA DA FELICIDADE (EUA, 2006)
DREMGIRLS – EM BUSCA DE UM SONHO (EUA, 2006)
EXTERMÍNIO 2 (EUA, 2007)

HAIRSPRAY – EM BUSCA DA FAMA (EUA, 2007)
NÃO POR ACASO (BRASIL, 2007)
O FUNDO DO MAR (ARGENTINA, 2003)
O PASSADO (ARGENTINA/BRASIL, 2007)
OS SIMPSONS (EUA, 2007)
O ÚLTIMO BANDONÉON (VENEZUELA/ARGENTINA, 2005)
PERFUME (ALEMANHA, 2007)
PLANETA TERROR (EUA, 2007)
PONTE PARA TERABITHIA (EUA, 2006)
QUÊRO (BRASIL, 2007)

OS 5 PIORES FILMES LANÇADOS COMERCIALMENTE NO BRASIL EM 2007:

1) BAIXIO DAS BESTAS (BRASIL, 2007)
2) O PRIMO BASÍLIO (BRASIL, 2007)
3) 300 (EUA, 2007)
4) A LOJA MÁGICA DE BRINQUEDOS (EUA, 2007)
5) A GRANDE FAMÍLIA (BRASIL, 2007)

por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O HOSPEDEIRO


Bastam alguns minutos do prólogo para sintetizar aquilo que transcorre a tela durante os quase 120 minutos de projeção de O HOSPEDEIRO, do sul-coreano Bong Joon-ho. Logo de cara, testemunhamos o fato que levará a origem da criatura título do filme, e que conseqüentemente desencadeará o conflito da trama. Num pequeno laboratório americano localizado em Seul, acompanhamos a tarefa designada a um cientista sul-coreano de despejar ácido fórmico nas águas do rio Han, que corta e abastece a cidade. Após uma mal-sucedida tentativa de dissuadir seu chefe, um autoritário cientista norte-americano, de tal propósito, acompanhamos o ato do subordinado através do primeiro dentre os muitos magníficos planos construídos por Joon-Ho. É através de um travelling lateral que constatamos o impacto narrativo (além de ambiental) que tal ato virá a gerar num futuro próximo, fazendo com que O HOSPEDEIRO revele logo nesses primeiros minutos seu cunho sócio-político envolto em toda a história.
Um cross fade faz com que a ação dê um salto temporal de alguns anos na história, centrando uma câmera estática em duas figuras às margens do Han. Neste segundo momento, acompanhamos o diálogo leve e informal entre os dois pescadores sobre uma estranha criatura que encontram durante a pescaria. A criatura foge e um novo salto temporal nos leva ao terceiro ato do prólogo.
Este terceiro momento nos leva ao tempo onde se passa a ação da história. A câmera, mais uma vez, absolutamente observativa, centra-se na figura de um suicida preste a se jogar de uma ponte sobre o Han. Recorrendo a ângulos inusitados, Joon-Ho consegue através da mise-en-scène criar não só uma seqüência dramática, mas também absurdamente poética. Assim, os principais elementos presentes em O HOSPEDEIRO se completam, desmascarados logo no prólogo, fazendo do filme uma obra com alto cunho político-social-cultural, com inúmeros momentos de descontração e até comicidade, alternados a outros de grande dramaticidade e poesia. Acaba tornando-se ousado por reunir tão diferentes facetas num filme que em muito se assemelha ao horror B, e que certamente passaria despercebido em meio a tantos outros filmes de criaturas.
Apropriando-se de elementos da narrativa clássica hollywoodiana, utilizando uma narrativa cronológica, montada à risca dos principais manuais de edição, ou seja, utilizando-se de cortes rápidos nas cenas de ação, além da câmera freqüentemente inquieta nesses mesmos momentos, O HOSPEDEIRO suga aquilo que acredita que o cinema americano tem de melhor, e segue ainda a tendência pós-moderna de ousar até o limite da compreensão do expectador comum. E é justamente em sua ousadia que acerta.
Ao fim do prólogo, somos finalmente apresentados ao núcleo da trama, e assim, à primeira grande ruptura que O HOSPEDEIRO faz ao cinema clássico hollywoodiano. O primeiro plano que temos do protagonista é de uma figura desajeitada que dorme sobre o balcão de uma venda, e que por pouco não é assaltada por uma criança. O filme apresenta enfim seu herói bufão, que considerado por todos os outros como um idiota, terá que lutar contra o monstro hospedeiro que levará sua filha. Interpretado por Kang-ho Song (LADY VINGANÇA), o mocinho Park Gang-Du quebra quase que por completo o arquétipo de herói, já que, suas características o tornam um personagem bufão que por muitas vezes tem partes de sua jornada cumpridas por terceiros. Park só não deixa a figura do herói por completo, porque tem uma característica quase que intuitiva de salvar a filha, com quem mantém uma relação quase fraterna. As decisões e atitudes do protagonista são ainda constantemente questionadas por seus companheiros de jornada (um irmão desempregado e uma irmã competidora em arco e flecha), exceto pelo pai, que surge como arquétipo do mentor.
O surgimento da criatura vem logo em seguida, na primeira cena antológica do filme. Observada de longe por curiosos que não conseguem identificá-la, a criatura mergulha nas águas do Han surgindo logo após fora de quadro, enquanto nós espectadores apenas observamos a expressão de horror do protagonista. A seqüência se desenvolve frenética, com cortes rápidos, uma câmera intensa e ótimos efeitos especiais (o monstro fora criado pela empresa de Peter Jackson), seguindo a atual cartilha de como se fazer uma boa cena de ação. Seu grande diferencial acaba sendo os ângulos curiosos em que vez ou outra Joon-ho posiciona a câmera. Interessante é constar que, embora num filme claramente fictício, o diretor opta por utilizar a verossimilhança, principalmente nos momentos de ação. Assim, os heróis de O HOSPEDEIRO são pessoas comuns, que lutam com as armas que têm em mãos (como uma placa de trânsito), tornando tudo mais crível ao expectador. Joon-Ho não hesita ainda em estender o tempo sempre que necessário, principalmente em momentos de grande dramaticidade, criando um paradoxo à edição rápida usada em cenas de ação (a cena de Park chorando, ao lado do pai e dos irmãos no velório da filha, é mais um exemplo da poesia contida no filme).
O HOSPEDEIRO ousa ainda em misturar ao cinema de horror, doses de outros gêneros cinematográficos. Além de conter um forte apelo cômico, flerta ainda com o cinema trash, adentra o drama familiar, reproduz um contexto histórico atual, além de tangenciar os blockbuster americanos. Com críticas severas ao imperialismo norte-americano, e mais diretamente, à guerra contra o Iraque, O HOSPEDEIRO é a prova de que um filme de monstro pode apresentar críticas mais profundas em outras camadas (algo que pode ocorrer à outros gêneros, como o infantil no recente RATATOUILLE). Seu caráter sócio-político culmina enfim em sua antológica seqüencia final, que envolve uma manifestação popular contra o suposto vírus trazido pela criatura (vírus que em determinado momento saberemos não existir) e o confronto final do trio protagonista com o tal hospedeiro.
Caso claro de cinema de gênero, O HOSPEDEIRO é, a primeira vista, convencional em sua camada mais superficial, ou seja, dá verossimilhança ao mundo fictício ao qual se propôs a criar, e sua trama é composta por um estágio de equilíbrio, sua perturbação, a luta e a eliminação do elemento perturbador, porém sua representação (modo que se refere ou confere significação a um mundo ou conjunto de idéias) vai além da primeira camada. Em termos de estrutura (modo como os elementos fílmicos se combinam para criar um todo diferenciado), inova por conciliar elementos distintos (como humor, ficção científica e terror trash), algo quase sempre incompatível ao cinema clássico hollywoodiano. Por fim, como ato (processo dinâmico de apresentação de uma história a um receptor) atinge aos mais diferentes tipos de expectador; desde aquele que procura o puro entretenimento numa ficção cinematográfica, até aquele em busca de uma obra com ampla significação artística e narrativa, construída através da boa utilização da gramática cinematográfica. Não à toa, O HOSPEDEIRO conta com a maior bilheteria feita (cerca de 13 milhões de pessoas) em seu país de origem, a Coréia do Sul, e figura em inúmeras listas da crítica entre os melhores do ano.

por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

GLOBO DE OURO: CINEMA

Está aberta a temporada de premiações! O GLOBO DE OURO, considerado um pré-Oscar (embora já não faça jus ao título, pois as premiações andam bastante distintas) divulgou a lista de indicados no último dia 13 e este blog comenta aqui, com certo atraso, não só as principais categorias cinematográficas, como também as televisivas. E vamos a elas!

MELHOR FILME – DRAMA/SUSPENSE
O GÂNGSTER / ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ / SENHORES DO CRIME / DESEJO E REPARAÇÃO / THE GREAT DEBATER / CONDUTA DE RISCO / SANGUE NEGRO

Exceto CONDUTA DE RISCO, elogiado thriller estrelado por George Clooney, nenhum dos demais indicados chegou aos cinemas brasileiros. DESEJO E REPARAÇÃO surpreende pelo número de indicações (7 no total), embora (ao menos por enquanto) não ameace o favoritismo de produções como O GÂNGSTER, de Ridley Scott, e ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ, badalada produção dirigida pelos irmão Cohen, recém-premiada como melhor filme pelo WASHINGTON DC ÁREA FILM. Concorrem ainda SENHORES DO CRIME, novo filme de Cronemberg (MARCAS DA VIOLÊNCIA), THE GREAT DEBATER, além do apelidado “novo CIDADÃO KANE”, THERE WILL BE BLOOD, de Paul Thomas Anderson (MAGNÓLIA).

MELHOR FILME – COMÉDIA/MUSICAL
ACROSS THE UNIVERSE / JUNO / HAIRSPRAY / JOGOS DO PODER / SWEENEY TODD: O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET

Se a categoria drama/suspense têm favoritos bem destacados, esta vem mais equilibrada. ACROSS THE UNIVERSE, recém-lançado no Brasil (não me perguntem onde!) destaca-se pela ousadia de basear seu roteiro sobre músicas dos Beattles e conta com um visual bastante interessante. HAIRSPRAY (o único o qual assisti) é uma comédia musical mais do que simpática, e embora tivesse sua indicação prevista desde o princípio, dificilmente levará o troféu para casa. JOGOS DO PODER têm Tom Hanks, Julia Roberts e Philip Seymour Hoffman, é dirigido por Mike Nichols (CLOSER, QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOLF?) e isso deve no mínimo justificar sua indicação. O independente JUNO vem ganhando força em outras premiações, e por fim, SWEENEY TODD, é considerado por boa parte da crítica um dos melhores trabalhos de Tim Burton (A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATES, ED WOOD), o que o faz despontar como grande favorito da categoria.

MELHOR ATOR – DRAMA/SUSPENSE
DANIEL DAY-LEWIS / DENZEL WASHINGTON / GEORGE CLOONEY / VIGGO MORTENSEN / JAMES MCAVOY

Categoria acirrada. Quatro atores experientes contra um jovem promissor extremamente talentoso. Para aqueles que não conhecem o trabalho de James McAvoy, vale conferir a interpretação intensa do rapaz em O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA (ele também fez CRÔNICAS DE NÁRNIA, mas esse é dispensável), num papel extremamente difícil, pelo qual o ator merecia um maior reconhecimento. Ao lado de McAvoy, os sempre competentes Daniel Day-Lewis (vencedor do OSCAR por MEU PÉ ESQUERDO), Denzel Washington (vencedor do OSCAR por DIA DE TREINAMENTO), Viggo Mortensen, que assim como Elijah Wood, anda procurando grandes papéis em filmes menores após O SENHOR DOS ANÉIS, e por último, George Clooney, naquela que dizem ser a melhor interpretação de sua diversificada carreira (Clooney é também um grande diretor).

MELHOR ATRIZ – DRAMA/SUSPENSE
ANGELINA JOLIE / JODIE FOSTER / CATE BLANCHETT / JULIE CHRISTIE / KEIRA KNIGHTLEY

Uma lista curiosa que deixa de fora nomes como Ashley Judd (por POSSUÍDOS) e Anne Hathaway (por BECOMING JANE), antes apostas certas entre as indicadas. Cate Blanchett mais uma vez presente num dos maiores prêmios do cinema americano (após conquistar inúmeras indicações e prêmios por BABEL e NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO); Keira Knightley (ORGULHO E PRECONCEITO, PIRATAS DO CARIBE) também figurinha repetida mais do que merecida, afinal, a garota é talentosa; Jodie Foster e Julie Christie indicadas por papéis em filmes que não fizeram lá muito alvoroço, e Angelina Jolie, que há muito tempo não fazia algo merecedor de um prêmio.

MELHOR ATOR – COMÉDIA/MUSICAL
JOHN C. REILLY / JOHNNY DEPP / RYAN GOSLING / PHILIP SEYMOUR HOFFMAN / TOM HANKS

Tão acirrada quanto a categoria drama/suspense, esta traz grandes nomes, que já passaram ao menos por um punhado de premiações. Johnny Depp (EDWARD, MÃOS DE TESOURA) é sempre genial e mal posso esperar para vê-lo na pele do barbeiro demoníaco em sua mais nova parceria com Tim Burton. O mesmo vale para John C. Reilly (CHICAGO, AS HORAS). Ryan Gosling (UM CRIME DE MESTRE) já havia aparecido nas principais premiações do ano pelo independente HALF NELSON e Philip Seymour Hoffman (vencedor do Oscar por CAPOTE), vem indicado por THE SAVAGES, além de integrar o elenco de JOGOS DO PODER, que traz a indicação de Tom Hanks, que a muito não fazia algo considerável.


MELHOR ATRIZ – COMÉDIA/MUSICAL
AMY ADAMS / ELLEN PAGE / HELENA BOHAM-CARTER / MARION CONTILLARD / NIKKI BLONSKY

Parabéns! Todas são muito talentosas, merecedoras, (blá-blá-blá, etc) but sorry, Edith Piaf está saindo desde já com o troféu nas mãos, disfarçada de Marion Contillard. Alguém vai discutir?

MELHOR ATOR COADJUVANTE
CASEY AFFLECK / JAVIER BARDEM / PHILIP SEYMOUR HOFFMAN / JOHN TRAVOLTA / TOM WILKINSON

Dupla chance para Philip Seymour Hoffman, indicado aqui por sua participação em JOGOS DO PODER. Casey Affleck vem sendo festejado por seu papel em O ASSASSINATO DE JESSÉ JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD, enquanto Javier Barden e Tom Wilkison concorrem por suas atuações em ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ e CONDUTA DE RISCO, respectivamente. Quanto a John Travolta, que esbanja energia e simpatia na pele de uma mulher obesa em HAIRSPRAY, corre por fora com poucas chances de levar, mas foi ao menos merecidamente lembrado.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
AMY RYAN / CATE BLANCHETT / JULIA ROBERTS / SAOIRSE RONAN / TILDA SWINTON

Cate Blanchett está para Philip Seymor Hoffman e desponta também indicada em duas categorias, nesta por I’M NOT THERE. Julia Roberts completa o trio protagonista concorrente por JOGOS DO PODER, Amy Ryan vem com MEDO DA VERDADE, e DESEJO E REPARAÇÃO e CONDUTA DE RISCO ganham mais uma indicação pelos trabalhos de Saoirse Ronan e Tilda Swinton, respectivamente.

MELHOR DIRETOR
ETHAN e JOEL COHEN / TIM BURTON / RIDLEY SCOTT / JOE WRIGHT / JULIAN SCHNABEL

De um lado ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ se consagrando aos poucos como o melhor do ano, o que dá aos Cohen grandes chances nesta categoria; do outro, Tim Burton (finalmente de volta as grandes premiações!) e Ridley Scott, com SWEENEY TODD e O GÂNGSTER, ambos destacados entre os melhores trabalhos dos dois diretores. Por fora, Joe Wright (por DESEJO E REPARAÇÃO) e Julian Schnabel (por O ESCAFANDRO E A BORBOLETA) que já vêm com certo mérito por desbancar a indicação de Paul Thomas Anderson (THERE WILL BE BLOOD), antes tida como certa.

MELHOR ROTEIRO
JUNO / DESEJO E REPARAÇÃO / ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ / JOGOS DO PODER / O ESCAFANDRO E A BORBOLETA

Quatro grandes filmes contra um pequeno independente, o elogiadíssimo JUNO, que vem ganhando força pouco a pouco. Difícil analisar sem ver; na verdade impossível! Resta aguardar...

MELHOR ANIMAÇÃO
RATATOUILLE / BEE MOVIE / OS SIMPSONS

Com PERSEPOLIS fora da categoria (foi parar na de MELHOR FILME ESTRANGEIRO), RATATOUILLE reina magnânimo não só como a melhor animação, como também entre um dos melhores do ano, não deixando chances ao humor non-sense de OS SIMPSONS, e muito menos ao criticado BEE MOVIE, que traz Jerry Seinfeld versão abelha.
por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

GLOBO DE OURO: TV

MELHOR SÉRIE DRAMÁTICA
HOUSE / BIG LOVE / DAMAGES / THE TUDORS / GREY’S ANATOMY / MAD MEN

Difícil julgar sem ser parcial. HOUSE é (para mim) uma das coisas mais sensacionais da televisão americana hoje em dia, embora reconheça sua estrutura narrativa absolutamente convencional. Não há episódio perdido, tudo é absolutamente bem pensado e repensado e o que vai ao ar nunca é menos do que ótimo. Já badalada GREY’S ANATOMY faz o gênero novelinha, mas daquelas que te fisga e fica impossível parar; além de contar com elenco e roteiro invejáveis. Dizem que BIG LOVE já teve dias melhores, mas como a HBO não chega aqui em casa, fica difícil julgar. Dizem também que DAMAGES é fora de sério, mas assim como MAD MEN, ainda está para desembarcar em nosso território. Por último vem THE TUDORS e a pergunta: fui só eu que achei a série pretensiosa e chata, ou mais alguém também achou? Para fechar, impossível esquecer mais uma injustiça com LOST que teve uma temporada no mínimo impecável, e mesmo assim, ficou de fora das principais categorias. Assim sendo, meu voto desde já ficaria com HOUSE.

MELHOR SÉRIE CÔMICA
30 ROCK / PUSHING DAISIES / EXTRAS / CALIFORNICATION / ENTOURAGE

Conheço pouco das indicadas. Me pergunto o que CALIFORNICATION está fazendo nesta categoria e onde está UGLY BETTY (a ausência das DESPERATE é até compreensível já que há algum tempo elas não andam nas graças da crítica americana). 30 ROCK é divertida e bem escrita, sei pouco sobre EXTRAS e ENTOURAGE, e destaco desde já a badalada PUSHING DAISIES como a favorita ao troféu do ano.

MELHOR ATOR SÉRIE DRAMA
HUGH LAURIE / MICHAEL C. HALL / BILL PAXTON / JONATHAN RHYS-MEYERS / JOHN HAMM

Entre Hugh Laurie (HOUSE) e Michael C. Hall (DEXTER). Como o Dr. House ganhou dois anos consecutivos, alguém tem dúvida que ficará com o serial killer ex-agente funerário?

MELHOR ATRIZ SÉRIE DRAMA
PATRÍCIA ARQUETTE / GLENN CLOSE / MINNIE DRIVER / EDIE FALCO / SALLY FIELD / HOLLY HUNTER / KIRA SEDGWICK

A queridinha da crítica americana Kira Sedwick (THE CLOSER) já foi tão indicada e premiada que já está virando marmelada. O mesmo serve para Edie Falco (THE SOPRANOS). Sally Field, vencedora do Emmy por BROTHERS & SISTERS, pode vir a ser uma surpresa, mas a disputa acirrada deve ser entre Glenn Close (DAMAGES) e Minnie Driver (THE RICHES). Holly Hunter (SAVING GRACE) e Patrícia Arquete (MÉDIUM) fecham a disputa.

MELHOR ATOR SÉRIE CÔMICA
ALEC BALDWIN / STEVE CARRELL / RICKY GERVAIS / DAVID DUCHOVNY / LEE PACE

Ficará entre Alec Baldwin (30 ROCK) e o virgem de 40 anos, Steve Carrell (THE OFFICE), porém com chances para Lee Pace (PUSHING DAISIES). Ou pode ser que dê zebra e o ex-ARQUIVO X, David DUCHOVNY (CALIFORNICATION) leve.

MELHOR ATRIZ SÉRIE CÔMICA
CHISTINA APPLEGATE / AMÉRICA FERRERA / ANNA FRIEL / TINA FEY / MARY-LOUISE PARKER

Interessante... pela primeira vez uma DESPERATE não aparece na lista (e olha que Márcia Cross é sempre digna de indicação). Quem levará o bi-campeonato:Mary-Louise Parker (WEEDS) ou América Ferrera (UGLY BETTY)? Temos ainda SAMANTHA WHO?, 30 ROCK e PUSHING DAISIES. Difícil... muito difícil...

MELHOR ATOR COADJUVANTE
TED DANSON / KEVIN DILLON / JEREMY PIVEN / ANDY SERKINS / WILLIAM SHATNER / DONALD SUTHERLAND

Como não vi o trabalho de nenhum dos indicados não apostaria nessa categoria. Mas em todo caso, se me obrigassem ficaria entre Donald Sutherland (DIRTY SEXY MONEY) e Ted Danson (DAMAGES).

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
ROSE BYRNE / RACHEL GRIFFITHS / KATHERINE HEIGL / SAMANTHA MORTON / ANNA PAQUIN / JAIME PRESSLY

Só conheço os trabalhos de Katherine Heigl, vencedora do Emmy por GREY’S ANATOMY e Rachel Griffths (BROTHERS & SISTERS) e embora goste das duas, fico me perguntando por que mais uma vez Heigl é indicada enquanto Sandra Oh, ainda superior a colega de elenco, é praticamente ignorada. Será que eles não indicam gente feia?! A pergunta é absurda, mais ao menos explicaria tamanha injustiça.
por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

MAIS DO MESMO: UGLY BETTY, GOSSIP GIRL E HOUSE

Atualizando enfim! Pra não passar Dezembro em branco.

Direto ao assunto: Semana fraquíssima tanto cinematograficamente, quanto televisivamente (a não ser a cena de OC que eu dirigi na aula de Direção de TV que ficou bacana). Atingi a marca vergonhosa de zero filmes vistos numa semana (a não ser alguns trechos em aula, de pornochanchada e cinema marginal) enquanto na tela menor minha vida se resumiu à segunda temporada de HOUSE (sobre a qual pretendo escrever em breve).
Fora isso UGLY BETTY teve um episódio de Halloween bacana, mas não tão bom quanto o da semana passada, que tinha Daniel Meade colocando chifres de renas e outros apetrechos natalinos em Wihelmina (apesar de que nesta teve o assistente de Wihelmina fantasiado de Betty e Betty vestida de borboleta).
E se UGLY BETTY teve uma pequena e compreensível queda no último episódio (afinal, nem LOST consegue se manter 100% sempre), GOSSIP GIRL sofre um tombo criativo, o que me faz começar a questionar os rumos de série. O episódio veio como prova de que o mocinho Nate é totalmente dispensável à trama (diferente de seu amigo Chuck), além de confirmar minhas suspeitas de que a série se perde sempre que tem as protagonistas, Serena e Blair, interagindo pouco. Para completar, o sofrível “date” de Serena e Dan me leva a crer que os dois têm tudo para manter uma relação “a la” Marissa & Ryan, ou seja, só me resta esperar até que uma versão 2.0 da Taylor apareça na série. Com diálogos extremamente bem escritos, GOSSIP GIRL começa a preocupar por perder cedo demais o fôlego de suas histórias. Neste quinto episódio, a antes nostálgica sensação de “deja vu” vista na série, torna-se agora incômoda, fazendo com que esta precise começar a repensar seus rumos e talvez a necessidade de se reinventar.
Por fim, nem mesmo HOUSE conseguiu ser sensacional na última quinta-feira (tarefa que o médico geralmente cumpre com êxito). Com histórias em excesso, “97 segundos” tem um início confuso com os médicos candidatos competindo por um diagnóstico, enquanto House se mantém intrigado com o caso de um segundo paciente e Foreman atende em seu novo emprego, num hospital de Nova York. Num episódio bastante fragmentado, que só melhora quando as diversas histórias começam a se interligar, HOUSE apresenta o mais fraco dos episódios desta excelente 4ª temporada (o que não quer dizer muito, pois HOUSE dificilmente é ruim) e prova que a série se mantém melhor quando segue sua velha e bem marcada formula narrativa. (Ah! House versão SURVIVOR foi ótimo!).

E por hoje é só!

por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ