domingo, 11 de novembro de 2007

UGLY BETTY, CHUCKY E DAWSON'S CREEK

Hoje duas séries garantiram temporada completa na minha programação. A primeira delas, nada mais é do que a versão norte-americana de uma novela colombina já exibida no Brasil. Estrelada por America Ferrera (QUATRO AMIGAS E UM JEANS VIAJANTE), UGLY BETTY mostra-se de cara uma série exageradamente caricata e repleta de clichês. E o melhor; tudo feito propositalmente! Em UGLY BETTY cada detalhe é extremamente bem marcado; os personagens estereotipados, o arco dramático do episódio, a trilha sonora presente a todo instante (com direito a violinos nos momentos de forte emoção). Tudo com cara de novela, mas infinitamente mais exagerado, buscando transcender o realismo e dando a série um ar de conto de fadas kitshy.
Logo no primeiro episódio, os papéis são bem definidos; Betty é uma versão cafona da gata borralheira, o mocinho playboy o príncipe encantando idealizado, a tal Wilhelmina a madrasta má, etc, etc, etc... Há também referências bem humoradas (como quando um personagem diz que Betty e algumas colegas de trabalho são a versão feia de SEX AND THE CITY), além de um apelo visual irresistível vindo a da direção de arte (os figurinos são ótimos e engraçados; Betty vestida com uma bata estampada de Guadalajara me fez rir por alguns bons minutos).
Resumindo, UGLY BETTY é uma versão despretensiosa e cafona do filme O DIABO VESTE PRADA, uma série que não tem medo de se “auto-ridicularizar”, uma série que não se leva a sério. E é justamente isso que faz tudo ficar tão mais divertido.


A segunda do dia foi CHUCKY, e confesso que preciso me segurar para não chamar Josh Schwartz de gênio. Em CHUCKY, Schwartz utiliza-se de elementos que fizeram de seu trabalho antecessor (a badalada THE OC) um sucesso: diálogos espertos, personagens carismáticos e uma trilha sonora pop (elementos também presentes em GOSSIP GIRL). Adicionam-se à receita ótimas cenas de ação e um clima de pastelão impagável e pronto, CHUCKY têm lugar garantido na minha programação (nas reprises, pois a exibição oficial bate com o horário de UGLY BETTY). Agora, é torcer para que a greve dos roteiristas não dure muito, pois a série ainda não tem todos os episódios escritos, e pode ser encurtada por conta disso.

Fora essas duas, vi dois episódios da segunda temporada de DAWSON’S CREEK (o quinto e o sexto). Gosto da série, acho bonitinha, mas confesso que há algumas coisas que me incomodam, principalmente o fato de alguns personagens bastante próximos praticamente não interagirem uns com os outros. Foi assim no começo da primeira temporada, quando os melhores amigos Dawson (James Van Der Beek) e Pacey (Joshua Jackson) praticamente não se encontravam em cena já que Dawson corria atrás da nova vizinha Jen (Michelle Williams), enquanto Pacey ocupava-se tendo um caso com a professora de inglês (enquanto isso, Joey ficava pelos cantos chorando por Dawson, o que me dava uma vontade louca de entrar na televisão e traze-la para minha casa. Infelizmente, Tom Cruise chegou antes). Oras, se a amizade dos dois é tão forte, por que não vimos isso logo no início da série, quando nos são apresentados os personagens? A impressão que dá, é que os roteiristas foram com muita sede ao pote e trouxeram logo de cara um monte de situações de conflito, sem se preocupar em nos apresentar a pequena Capeside e seus moradores.
Algo semelhante ocorre na relação de Dawson com os pais. Não sei se eu fui mal acostumado com os Cohen (que estavam sempre ali ao lado de Seth e Ryan), mas o fato é que os Lerry passaram a primeira temporada toda mais preocupados com os problemas próprios do que com o filho. Pois bem, nesta nova temporada eles resolveram enfim se preocupar com Dawson fazendo uma vigilância cerrada para que ele e Joey não mantenham uma vida sexual. Convenhamos, um pouco tardia essa preocupação, já que a garota dorme desde o começo da série no quarto do amigo/namorado.
Por fim, os irmãos Andie (Meredith Monroe) e Jack (Kerr Smith), que, salvo o engano, contracenaram juntos hoje pela primeira vez, no sexto episódio da temporada. Alias, com Joey (Katie Holmes) cada vez mais chata (estou odiando essa crise existencial que ela anda passando), Andie desponta como uma das melhores coisas do seriado.
Enfim, nesse começo de segunda temporada, vemos o fim do casamento dos Lerry, Jen voltando a ser uma bitch, Dawson sendo Dawson (ou seja, alternando momentos racionais com outros onde ele é um verdadeiro palerma) e Joey numa crise existencial adolescente chatíssima, que eu só relevo mesmo por ser a Katie Holmes.

Maiores detalhes e informações no próximo post.


por ALVARO ANDRÉ ZEINI CRUZ

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